terça-feira, 20 de janeiro de 2009

JOGO DOS SETE ERROS NA COZINHA

Você guarda comida ainda quente na geladeira?
Deixa lata de leite condensado aberta?
Lava carne na pia?

Pois preste atenção no jogo dos sete erros na cozinha do Doutor Bactéria o Biomédico Dr. Roberto Figueiredo.
JOGO DOS SETE ERROS




1º erro:
Colocar carnes debaixo da torneira.Primeiro, você perde nutrientes. A carne fica esbranquiçada. Segundo: a contaminação que existe vai aumentar, porque aumenta a quantidade de água e as bactérias vão penetrar mais ainda. A única carne que você lava é o peixe e só para tirar escamas e a barrigada.

2º erro:


A quantidade de detergente que costumamos por na esponja para lavar louça, é mais um hábito condenado pelo doutor Bactéria. O detergente nunca deve ser colocado direto na esponja. Vai ser muito difícil enxaguar todo esse detergente. O resto de detergente que fica junto com os alimentos pode no futuro dar um problema para a sua saúde. Para limpar sem exagero, você precisa apenas de oito (8) gotas de detergente em uma bacia com um litro de água.

3º erro:

Nunca usar tábua de carne de madeira. Na tábua de madeira as bactérias estão te aplaudindo! Tábua sempre de plástico.




4º erro:

Muita gente também evita guardar comida quente na geladeira. Doutor Bactéria derruba um dos mitos mais difundidos entre as donas de casa... Doutor Bactéria: O único problema que pode existir é que vai aumentar um pouquinho o consumo de energia, mas não vai estragar a geladeira de modo algum. Mas nada disso adianta se você guardar na geladeira o recipiente tampado. O ar frio vai bater na tampa. Vai demorar muito para resfriar. As bactérias vão adorar! Então, coloque tudo destampado. Depois de duas horas é que você vai fechar.



5º erro:
As pessoas pegam a lata de leite condensado e fazem dois buraquinhos minúsculos, um de cada lado. Sai leite condensado por um lado e pelo outro entra uma chuva de bactérias. Abram a lata inteira. Use um recipiente que pode ser de plástico ou de vidro e sempre sirvam com uma colherzinha. Depois tampem e guardem em uma geladeira. E quando se fala em doce, a gente não pode esquecer as formigas. Você provavelmente não se importaria se encontrasse uma formiguinha em cima do seu bolo, não é?Doutor Bactéria: E se fosse uma barata?Marina Scherb, de 12 anos: Aí eu não como. Doutor Bactéria: Se a gente pegar uma barata, matar essa barata, deixar no meio da cozinha, no dia seguinte, cadê a barata?Marina: Sumiu. Doutor Bactéria: Quem levou?Marina: As formigas... Doutor Bactéria: A mesma que estava em cima do bolo?Marina: É... (às vezes chegam tarde...).
6º erro:

Ignorar as formigas. Doutor Bactéria: As formigas são consideradas até maiores agentes transmissores de bactérias do que a própria barata. Doce com formiga só pode ter um destino: a lata de lixo. (FAÇA UMA EXPERIÊNCIA: jogue uma porcaria no meio da sua cozinha. Se sua casa/apartamento tiver formiga, elas aparecerão logo para saborear a imundice. Portanto, a formiga é tão nojenta quanto a barata)

7º erro:

Nem na hora dos parabéns o Doutor Bactéria perdoa: Soprar a velinha é o mau hábito que completa o jogo de sete erros. Testes comprovam que o bolo fica contaminado por bactérias de saliva. Esta bactéria produz uma toxina que pode ocasionar aquelas intoxicações com 24 horas de vômito e mal-estar.
Por isso, evite deixar o bolo fora da geladeira.



Daqui por diante, faça a coisa certa e xô bactéria.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

CONSUMO DE OVO & SEUS EFEITOS À SAÚDE

Por mais de 25 anos, os ovos foram considerados os ícones do excesso de gordura, colesterol e calorias das dietas americanas. Por isso, durante todo esse tempo, houve a recomendação para se limitar a sua ingestão, com o objetivo de se reduzir o risco de doenças cardiovasculares (McNAMARA, 2000a). Com base nessas recomendações, o consumo anual de ovo nos Estados Unidos, entre 1970 e 1995, caiu 24% (FRAZAO, 1999). Entretanto, essa redução no consumo de ovo colaborou com apenas 3% na queda dos níveis plasmáticos de colesterol, observada no mesmo período (McNAMARA, 2000a).

Considerando-se os dados de uma meta-análise de 1997, a adição de um ovo por dia na dieta, aumenta os níveis de LDL-colesterol em 4,1mg/dL e de HDL-colesterol em 0,9mg/dL, com conseqüente alteração na razão LDL:HDL (entre 0,01 e 0,03) (CLARKE et al., 1997; McNAMARA, 2000a). Essas modestas mudanças na razão LDL:HDL-colesterol com a adição de um ovo por dia na dieta, são consistentes com os relatos epidemiológicos de que o consumo de ovo não está associado com a incidência de doenças cardiovasculares (McNAMARA, 2000b; SONG & KERNER, 2000). Hu e colaboradores (1999) observaram em seu estudo com 117 mil profissionais de saúde, que não há diferenças no risco relativo de doenças cardiovasculares entre indivíduos que consomem menos de 1 ovo por semana e indivíduos que consomem mais de 1 ovo por dia (HU et al., 1999). Ainda, Kritchevsky & Kritchevsky (2000) realizaram uma revisão de 7 estudos científicos que avaliaram a relação entre o consumo de ovos e as doenças cardiovasculares. Os autores observaram que o consumo de 1 ovo por dia não tem associação com o risco de doenças cardiovasculares.

OVOS & SUAS CARACTERÍSTICAS NUTRICIONAIS

O ovo é uma excelente fonte de importantes nutrientes: proteína de alto valor biológico, vitaminas (riboflavina, vitamina E, vitamina B6, vitamina A, ácido fólico, colina, vitamina K, vitamina D e vitamina B12) e minerais (zinco, cálcio, selênio, fósforo e ferro) (APPLEGATE, 2000).
Devido ao seu teor protéico, o ovo faz parte do grupo de alimentos das carnes, peixes e frangos (APPLEGATE, 2000). Ainda, devido a sua qualidade protéica, o ovo fornece todos os aminoácidos essenciais (LEMON, 2000).

Desta forma, considerando-se os efeitos do ovo nos níveis de colesterol plasmático e suas características nutricionais, não há justificativas científicas para se limitar o consumo de ovo. Entretanto, é importante se considerar a forma de preparo do alimento.

OVO & PERFIL PROTÉICO


Como já indicado anteriormente, o ovo tem uma excelente qualidade protéica, fato que lhe permite ser um alimento substituto de outros alimentos com proteína de alto valor biológico (como carnes vermelhas e frangos). Duas porções de ovos contribuem com cerca de 20% da RDA das necessidades diárias de proteínas (APPLEGATE, 2000), indicando sua importante contribuição para o consumo diário de proteínas.
Por outro lado, quando consumido em associação com outras fontes protéicas, como carne vermelha e frango, o ovo poderá contribuir para o aumento da ingestão de proteínas, que pode ser deletério à saúde. Sabe-se que o alto consumo dietético de proteínas pode comprometer a função renal (CANO et al., 2006; DUENHAS et al., 2003; AZADBAKHT et al., 2003; BUTANI et al., 2002) e a função hepática (DEBSKI et al., 2006; ULUSOY & EREN, 2006; PICHON et al., 2006; CANO et al., 200).

CONCLUSÃO



Devido ao seu perfil nutricional, o ovo deve fazer para da dieta da maioria os indivíduos, com exceção daqueles que apresentam alguma intolerância ou alergia individual. Entretanto, para se obter seus efeitos benéficos, é importante se considerar a técnica dietética aplicada durante seu processamento, bem como a ingestão protéica
diária total.

Referências Bibliográficas
1. APPLEGATE, E. Introduction: nutritional and functional roles of eggs in the diet. J Am Coll Nutr, 19: 495S–498S, 2000.
2. AZADBAKHT, L.; SHAKERHOSSEINI, R.; ATABAK, S.; et al. Beneficiary effect of dietary soy protein on lowering plasma levels of lipid and improving kidney function in type II diabetes with nephropathy. Eur J
Clin Nutr, 57(10):1292-4, 2003.
3. BUTANI, L.; POLINSKY, M.S.; KAISER, B,A.; BALUARTE, H.J. Dietary protein intake significantly affects the serum creatinine concentration. Kidney Int, 61(5):1907, 2002.
4. CANO, N.J.; FOUQUE, D.; LEVERVE, X.M. Application of branched-chain amino acids in human pathological states: renal failure. J Nutr, 136(1 Suppl):299S-307S, 2006.
5. CLARKE, R.; FROST, C.; COLLINS, R.; et al. Dietary lipids and blood cholesterol: Quantitative metaanalysis of metabolic ward studies. BMJ, 314:112–117, 1997.
6. DANIEL, D.R.; THOMPSON, L.D.; SHRIVER, B.J.; et al. Nonhydrogenated cottonseed oil can be used as a deep fat frying medium to reduce trans-fatty acid content in french fries. J Am Diet Assoc, 105 (12):1927-32, 2005.
7. DEBSKI, B.; BERTRANDT, J.; KLOS, A.; GRALAK, M. Influence of folic acid, vitamin B2 and B6 supplementation on feed intake, body and organs weight, and liver fatty acids composition in rats subjected to severe protein deprivation. Pol J Vet Sci, 9(3):185-90, 2006.
8. DUENHAS, M.R.; DRAIBE, S.A.; AVESANI, C.M.; et al. Influence of renal function on spontaneous dietary intake and on nutritional status of chronic renal insufficiency patients. Eur J Clin Nutr, 57 (11): 1473-8, 2003.
9. FRAZAO, E. “America’s Eating Habits. Changes and Consequences.” Washington, DC: USDA
Economic Research Service, 1999.
10. GEUKING, W. Congreso Y Exposición Latinoamericanos Sobre Processamiento De Grasas Y Acetes, 6, 1995, Campinas. Anais... Campinas, 1995.
11. HU, F.B.; STAMPFER, M.J.; RIMM, E.B.; et al. A prospective study of egg consumption and risk of cardiovascular disease in men and women. JAMA, 281:1387–1394, 1999.
12. KRITCHEVSKY, S.B.; KRITCHEVSKY, D.. Egg Consumption and Coronary Heart Disease: An Epidemiologic Overview. J Am Coll Nutr, 19(5): 549S–555S, 2000.
13. LEMON, P.W.R. Beyond the Zone: Protein Needs of Active Individuals. J Am Coll Nutr, 19(5): 513S– 521S, 2000.
14. MCNAMARA, D.J. The Impact of Egg Limitations on Coronary Heart Disease Risk: Do the Numbers Add Up? J Am Coll Nutr, 19(5): 540S–548S, 2000a.
15. MCNAMARA, D.J. Dietary cholesterol and atherosclerosis. Biochim Biophys Acta, 1529(1-3):310-20, 2000b.
16. PICHON, L.; HUNEAU, J.F.; FROMENTIN, G.; TOMÉ, D. A high-protein, high-fat, carbohydrate-free diet reduces energy intake, hepatic lipogenesis, and adiposity in rats. J Nutr, 136 (5): 1256-60, 2006.
17. SONG, W.O.; KERNER, J.M. Nutritional contribution of eggs to American diets. J Am CollNutr, 19: 556S–562S, 2000.
18. ULUSOY, E.; EREN, B. Histological changes of liver glycogen storage in mice (Mus musculus) caused by high-protein diets. Histol Histopathol, 21(9):925-30, 2006.